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As infraestruturas verdes oferecem soluções atrativas para os problemas ambientais, sociais e económicos, devendo, por isso, ser cabalmente integradas em diversos domínios políticos. Num momento em que a AEA se prepara para publicar um relatório sobre o papel das infraestruturas verdes na atenuação do impacto das catástrofes naturais relacionadas com os fenómenos meteorológicos e as alterações climáticas, falámos com o relator principal, Gorm Dige, gestor de projetos de análise territorial ambiental, política e económica.
No passado mês de agosto, mais de 190 países chegaram a um consenso sobre a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações Unidas e, no final do mês em curso, os Chefes de Estado, reunidos em Nova Iorque, irão adotá-la, juntamente com os seus objetivos e metas de desenvolvimento sustentável. Ao contrário dos seus antecessores, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visam tanto os países em desenvolvimento como os países desenvolvidos e abarcam uma maior diversidade de temas relativos ao desenvolvimento sustentável. Muitos dos dezassete ODS incluem elementos relacionados com o ambiente, a utilização dos recursos e as alterações climáticas.
Para produzir alimentos em quantidade suficiente, a Europa recorre à agricultura intensiva, que prejudica o ambiente e a nossa saúde. Conseguirá a Europa encontrar uma forma de produzir alimentos mais amiga do ambiente? Colocámos esta pergunta a Ybele Hoogeveen, que lidera um grupo de trabalho da Agência Europeia do Ambiente sobre o impacto da utilização dos recursos no ambiente e no bem-estar dos seres humanos.
A economia europeia ainda está a sentir o impacto da crise económica que deflagrou em 2008. O desemprego e a redução dos salários afetaram milhões de pessoas. Quando os recém-licenciados não conseguem arranjar emprego numa das regiões mais ricas do mundo, será que devemos falar do ambiente? O novo programa de ação da União Europeia em matéria de ambiente faz precisamente isso, e mais ainda. Também identifica o ambiente como parte integrante e inseparável da nossa saúde e da nossa economia.
«A boa notícia é que, nas últimas décadas, a situação melhorou substancialmente em termos de exposição a diversos poluentes atmosféricos. No entanto, os poluentes em que alcançámos as reduções mais significativas não são os mais prejudiciais para a saúde humana e o ambiente», afirma Valentin Foltescu, que se dedica à avaliação da qualidade do ar e à comunicação de dados na AEA. Perguntámos a Valentin o que faz a AEA em relação à qualidade do ar e o que nos dizem os dados mais recentes.
Vivemos num mundo em contínua mudança. Como poderemos dirigir estas mudanças permanentes para alcançar a sustentabilidade mundial em 2050? Como poderemos estabelecer um equilíbrio entre a economia e o ambiente, o curto prazo e o longo prazo? A resposta consiste em sabermos gerir o processo de transição sem ficarmos reféns de sistemas insustentáveis.
O crescimento demográfico, a urbanização e o desenvolvimento económico fazem aumentar em toda a Europa a procura de água doce nas zonas urbanas. Ao mesmo tempo, as alterações climáticas e a poluição afetam também a disponibilidade de água para os habitantes das cidades. Como poderão as cidades europeias continuar a fornecer água doce limpa aos seus habitantes?
Temos necessidade de alimentos e, para os produzir, é preciso dispor de água doce e não poluída. Devido ao aumento do consumo exigido pelas atividades humanas, por um lado, e às alterações climáticas, por outro, muitas regiões, especialmente no sul, têm grandes dificuldades em encontrar água doce em quantidade suficiente para atender às suas necessidades. Como poderemos continuar a cultivar produtos alimentares sem deixar que a natureza fique sedenta de água não poluída? Uma utilização mais eficiente da água no setor agrícola ajudaria certamente.
Sabia que... Uma cidade afecta um grande área fora dos seus próprios limites. Por exemplo, supõe-se que só Londres necessita de uma superfície quase 300 vezes superior à sua dimensão geográfica para satisfazer as suas necessidades e eliminar os seus resíduos e emissões. «SOER 2010»
Mensagem-chave: Um dos principais motivos por que o consumo afecta negativamente o ambiente e causa uma utilização excessiva dos recursos é o facto de os custos sociais da degradação do ambiente e dos recursos não estarem inteiramente reflectidos nos preços dos bens e serviços. Muitos bens são baratos apesar de prejudicarem o ambiente, os ecossistemas ou a saúde humana. «SOER 2010»
Dos 8,2 mil milhões de toneladas de materiais consumidos nos países da EU-27 em 2007, os minerais representaram 52%, os combustíveis fósseis 23%, a biomassa 21% e os metais 4%. «SOER 2010»
Em Agosto de 2007, em Itália, as autoridades de saúde locais detectaram um elevado número de casos de uma doença invulgar em Castiglione di Cervia e Castiglione di Ravenna, duas pequenas aldeias separadas por um rio. Quase 200 pessoas foram afectadas e um idoso morreu (Angelini et al., 2007).
Bisie é a maior mina da região. Está localizada a cerca de 90 quilómetros no interior de uma densa floresta e tem 100 metros de profundidade. Muitas vezes, as minas são pouco mais do que um buraco no chão. Há dezenas de homens e rapazes apinhados em cada mina e as condições são atrozes.
«…O peso total das aspirações e dos estilos de vida conjuntos de 500 milhões de europeus é demasiado grande. Já não falando dos legítimos desejos de muitos outros milhares de milhões de habitantes do nosso planeta de partilharem esses estilos de vida... É necessário mudarmos o comportamento dos consumidores europeus, sensibilizar as pessoas e influenciar os seus hábitos». Janez Potočnik, comissário para o Ambiente da União Europeia (Março de 2010)
1,6 mil milhões de pessoas dependem das florestas como meio de subsistência. Vivem nas florestas 300 milhões de pessoas, em todo o mundo.
Uma das principais conclusões do relatório de referência da AEA, o SOER 2010, parece evidente: «os desafios ambientais são complexos e não podem ser entendidos isoladamente».
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